Saiba como fazer Papel Reciclado

O QUE VOCÊ PRECISA:

· papel e água
· bacias: rasa e funda
· balde
· moldura de madeira com tela de nylon ou peneira reta
· moldura de madeira vazada (sem tela)
· liquidificador
. jornal ou feltro
· pano (ex.: morim)
· esponjas ou trapos
· varal e pregadores
· prensa ou duas tábuas de madeira
· peneira côncava (com "barriga")
· mesa

ROTEIRO:

A - Preparando a polpa:

Pique o papel e deixe de molho durante um dia ou uma noite na bacia rasa, para amolecer. Coloque água e papel no liquidificador, na proporção de três partes de água para uma de papel. Bata por dez segundos e desligue. Espere um minuto e bata novamente por mais dez segundos. A polpa está pronta.

B - Fazendo o papel:

1. Despeje a polpa numa bacia grande, maior que a moldura.
2. Coloque a moldura vazada sobre a moldura com tela. Mergulhe a moldura verticalmente e deite-a no fundo da bacia.
3. Suspenda-as ainda na posição horizontal, bem devagar, de modo que a polpa fique depositada na tela. Espere o excesso de água escorrer para dentro da bacia e retire cuidadosamente a moldura vazada.
4. Vire a moldura com a polpa para baixo, sobre um jornal ou pano.
5. Tire o excesso de água com uma esponja.
6. Levante a moldura, deixando a folha de papel artesanal ainda úmida sobre o jornal ou morim.

C - Prensando as folhas

Para que suas folhas de papel artesanal sequem mais rápido e o entrelaçamento das fibras seja mais firme, faça pilhas com o jornal da seguinte forma:

· Empilhe três folhas do jornal com papel artesanal. Intercale com seis folhas de jornal ou um pedaço de feltro e coloque mais três folhas do jornal com papel. Continue até formar uma pilha de 12 folhas de papel artesanal.
· Coloque a pilha de folhas na prensa por 15 minutos. Se não tiver prensa, ponha a pilha de folhas no chão e pressione com um pedaço de madeira.
· Pendure as folhas de jornal com o papel artesanal no varal até que sequem completamente. Retire cada folha de papel do jornal ou morim e faça uma pilha com elas. Coloque esta pilha na prensa por 8 horas ou dentro de um livro pesado por uma semana.


Efeitos decorativos

Misture à polpa: linha, gaze, fio de lã, casca de cebola ou casca de alho, chá em saquinho, pétalas de flores e outras fibras.
Bata no liquidificador junto com o papel picado: papel de presente, casca de cebola ou de alho.
Coloque sobre a folha ainda molhada: barbante, pedaços de cartolina, pano de tricô ou crochê. Neste caso, a secagem será natural - não é necessário pressionar com o pedaço de madeira.
Para ter papel colorido: bata papel crepom com água no liquidificador e junte essa mistura à polpa. Outra opção é adicionar guache ou anilina diretamente à polpa.

Dicas importantes

A tela de nylon deve ficar bem esticada, presa à moldura por tachinhas ou grampos.
Reutilize a água que ficar na bacia para bater mais papel no liquidificador
Conserve a polpa que sobrar: peneire e esprema com um pano.
Guarde, ainda molhada (em pote plástico no congelador) ou seca (em saco de algodão).
A polpa deve ser ainda conservada em temperatura ambiente.

O que é Coleta Seletiva ?

É um sistema de recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora. Estes materiais são vendidos às indústrias recicladoras ou aos sucateiros.

As quatro principais modalidades de coleta seletiva são: domiciliar, em postos de entrega voluntária, em postos de troca e por catadores.

A coleta seletiva domiciliar assemelha-se ao procedimento clássico de coleta normal de lixo. Porém, os veículos coletores percorrem as residências em dias e horários específicos que não coincidam com a coleta normal.

A coleta em PEV - Postos de Entrega Voluntária ou em LEV - Locais de Entrega Voluntária utiliza normalmente contêineres ou pequenos depósitos, colocados em pontos fixos, onde o cidadão, espontaneamente, deposita os recicláveis.

A modalidade de coleta seletiva em postos de troca se baseia na troca do material entregue por algum bem ou benefício.

O sucesso da coleta seletiva está diretamente associado aos investimentos feitos para sensibilização e conscientização da população. Normalmente, quanto maior a participação voluntária em programas de coleta seletiva, menor é seu custo de administração. Não se pode esquecer também a existência do mercado para os recicláveis.

Simbologias e Cores na Reciclagem

As cores características dos containers apropriados para a coleta seletiva de lixo:

Papel/Papelão Metais
Plásticos Vidros

Até hoje, não se sabe onde e com que critério foi criado o padrão de cores dos containers utilizados para a coleta seletiva voluntária em todo o mundo. No entanto, alguns países já reconhecem esse padrão como um parâmetro oficial a ser seguido por qualquer modelo de gestão de programas de coleta seletiva.

Existe uma simbologia específica para a reciclagem de plásticos:

No Brasil existe uma norma (NBR 13230) da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, que padroniza os símbolos que identificam os diversos tipos de resinas (plásticos) virgens. O objetivo é facilitar a etapa de triagem dos resíduos plásticos que serão encaminhados à reciclagem. Os tipos são classificados por números a saber:

1 - PET
2 - PEAD
3 - PVC
4 - PEBD
5 - PP
6 - PS
7 - Outros

Reciclar Baterias e Pilhas

As pilhas e baterias, quando descartadas em lixões ou aterros sanitários, liberam componentes tóxicos que contaminam o solo, os cursos d'água e os lençóis freáticos, afetando a flora e a fauna das regiões circunvizinhas e o homem, pela cadeia alimentar.

Devido a seus componentes tóxicos, as pilhas podem também afetar a qualidade do produto obtido na compostagem de lixo orgânico. Além disso, sua queima em incineradores também não consiste em uma boa prática, pois seus resíduos tóxicos permanecem nas cinzas e parte deles pode volatilizar, contaminando a atmosfera.

Os componentes tóxicos encontrados nas pilhas são: cádmio, chumbo e mercúrio. Todos afetam o sistema nervoso central, o fígado, os rins e os pulmões, pois eles são bioacumulativos. O cádmio é cancerígeno, o chumbo pode provocar anemia, debilidade e paralisia parcial, e o mercúrio pode também ocasionar mutações genéticas.

Considerando os impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte inadequado das pilhas e baterias usadas e a necessidade de disciplinar o descarte e o gerenciamento ambientalmente adequado (coleta, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final) de pilhas e baterias usadas, a Resolução n° 257/99 do CONAMA resolve em seu artigo primeiro:

"As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessário ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletroeletrônicos que os contenham integrados em sua estrutura de forma não substituível, após seu esgotamento energético, serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem diretamente, ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequado".

Reciclar Entulho

Entulho é o conjunto de fragmentos ou restos de tijolo, concreto, argamassa, aço, madeira, etc., provenientes do desperdício na construção, reforma e/ou demolição de estruturas, como prédios, residências e pontes.

O entulho de construção compõe-se, portanto, de restos e fragmentos de materiais, enquanto o de demolição é formado apenas por fragmentos, tendo por isso maior potencial qualitativo, comparativamente ao entulho de construção.

O processo de reciclagem do entulho, para a obtenção de agregados, basicamente envolve a seleção dos materiais recicláveis do entulho e a trituração em equipamentos apropriados.

Os resíduos encontrados predominantemente no entulho, que são recicláveis para a produção de agregados, pertencem a dois grupos:

  • Grupo I - materiais compostos de cimento, cal, areia e brita: concretos, argamassa, blocos de concreto.
  • Grupo II - materiais cerâmicos: telhas, manilhas, tijolos, azulejos.
  • Grupo III - materiais não-recicláveis: solo, gesso, metal, madeira, papel, plástico, matéria orgânica, vidro e isopor. Desses materiais, alguns são passíveis de serem selecionados e encaminhados para outros usos. Assim, embalagens de papel e papelão, madeira e mesmo vidro e metal podem ser recolhidos para reutilização ou reciclagem.

Reciclar Pneus

Os pneus usados podem ser reutilizados após sua recauchutagem. Esta consiste na remoção por raspagem da banda de rodagem desgastada da carcaça e na colocação de uma nova banda. Após a vulcanização, o pneu "recauchutado" deverá ter a mesma durabilidade que o novo. A economia do processo favorece os pneus mais caros, como os de transporte (caminhão, ônibus, avião), pois neste segmentos os custos são melhor monitorados.

Há limites no número de recauchutagem que um pneu suporta sem afetar seu desempenho. Assim sendo, mais cedo ou mais tarde, os pneus são considerados inservíveis e descartados.

Os pneus descartados podem ser reciclados ou reutilizados para diversos fins. Neste caso, são apresentadas, a seguir, várias opções:

  • Na engenharia civil:

O uso de carcaças de pneus na engenharia civil envolve diversas soluções criativas, em aplicações bastante diversificadas, tais como, barreira em acostamentos de estradas, elemento de construção em parques e playgrounds, quebra-mar, obstáculos para trânsito e, até mesmo, recifes artificiais para criação de peixes.

  • Na regeneração da borracha:

O processo de regeneração de borracha envolve a separação da borracha vulcanizada dos demais componentes e sua digestão com vapor e produtos químicos, tais como, álcalis, mercaptanas e óleos minerais. O produto desta digestão é refinado em moinhos até a obtenção de uma manta uniforme, ou extrudado para obtenção de material granulado.

A moagem do pneu em partículas finas permite o uso direto do resíduo de borracha em aplicações similares às da borracha regenerada.

  • Na geração de energia

O poder calorífico de raspas de pneu eqüivale ao do óleo combustível, ficando em torno de 40 Mej/kg. O poder calorífico da madeira é por volta de 14 Mej/kg.

Os pneus podem ser queimados em fornos já projetados para otimiza a queima. Em fábricas de cimento, sua queima já é uma realidade em outros países. A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) informa que cerca de 100 milhões de carcaças de pneus são queimadas anualmente nos Estados Unidos com esta finalidade, e que o Brasil já está experimentando a mesma solução.

  • No asfalto modificado com borracha

O processo envolve a incorporação da borracha em pedaços ou em pó. Apesar do maior custo, a adição de pneus no pavimento pode até dobrar a vida útil da estrada, porque a borracha confere ao pavimento maiores propriedades de elasticidade ante mudanças de temperatura. O uso da borracha também reduz o ruído causado pelo contato dos veículos com a estrada. Por causa destes benefícios, e também para reduzir o armazenamento de pneus velhos, o governo americano requer que 5% do material usado para pavimentar estradas federais seja de borracha moída.

Reciclar Vidro

O vidro é obtido pela fusão de componentes inorgânicos a altas temperaturas, e resfriamento rápido da massa resultante até um estado rígido, não-cristalino.

O processo de produção do vidro do tipo sodacal utiliza como matérias-primas, basicamente, arreia, barrilha, calcário e feldspato. Um procedimento comum do processo é adicionar-se à mistura das matérias-primas cacos de vidro gerados internamente na fábrica ou adquiridos, reduzindo sensivelmente os custos de produção.

O vidro é um material não-poroso que resiste a temperaturas de até 150°C (vidro comum) sem perda de suas propriedades físicas e químicas. Esse fato faz com que os produtos possam ser reutilizados várias vezes para a mesma finalidade.

A reciclagem de vidro significa enviar ao produtos de embalagens o vidro usado para que este seja reutilizado como matéria-prima para a produção de novas embalagens.

O vidro é 100% reciclável, não ocorrendo perda de material durante o processo de fusão. Para cada tonelada de caco de vidro limpo, obtém-se uma tonelada de vidro novo. Além disso, cerca de 1,2 tonelada de matéria-prima deixa de ser consumida.

Além da redução do consumo de matérias-primas retiradas da natureza, a adição do caco à mistura reduz o tempo de fusão na fabricação do vidro, tendo como conseqüência uma redução significativa no consumo energético de produção. Também proporciona a redução de custos de limpeza urbana e diminuição do volume do lixo em aterros sanitários.

Reciclar Metais

Os metais são materiais de elevada durabilidade, resistência mecânica e facilidade de conformação, sendo muito utilizados em equipamentos, estruturas e embalagens em geral.

Quanto à sua composição, os metais são classificados em dois grande grupos: os ferrosos (compostos basicamente de ferro e aço) e os não-ferrosos. Essa divisão justifica-se pela grande predominância do uso dos metais à base de ferro, principalmente o aço.

Entre os metais não-ferrosos, destacam-se o alumínio, o cobre e suas ligas (como latão e o bronze), o chumbo, o níquel e o zinco. Os dois últimos, junto como o cromo e o estanho, são mais empregados na forma de ligas com outros metais, ou como revestimento depositado sobre metais, como, por exemplo, o aço.

A grande vantagem da reciclagem de metais é evitar as despesas da fase de redução do minério a metal. Essa fase envolve um alto consumo de energia, e requer transporte de grandes volumes de minério e instalações caras, destinadas à produção em grande escala.

Embora seja maior o interesse na reciclagem de metais não-ferrosos, devido ao maior valor de usa sucata, é muito grande a procura pela sucata de ferro e de aço, inclusive pelas usinas siderúrgicas e fundições.

A sucata é matéria-prima das empresas produtoras de aço que não contam como o processo de redução, e que são responsáveis por cerca de 20% da produção nacional de aço. A sucata representa cerca de 40% do total de aço consumido no País, valor próximo aos valores de outros países, como os Estados Unidos, onde atinge 50% do total da produção. Ressalta-se que o Brasil exporta cerca de 40% da sua produção de aço.

É importante, ainda, observar que a sucata pode, sem maiores problemas, ser reciclada mesmo quando enferrujada. Sua reciclagem é também facilitada pela sua simples identificação e separação, principalmente no caso da sucata ferrosa, em que se empregam eletroímãs, devido às suas propriedades magnéticas. Através deste processo é possível retirar até 90% do metal ferroso existente no lixo (IBS, 1994).

Reciclar Plástico

Plásticos são artefatos fabricados a partir de resinas (polímeros), geralmente sintéticas e derivadas do petróleo.

Quando o lixo é depositado em lixões, os problemas principais relacionados ao material plástico provêm da queima indevida e se controle. Quando a disposição é feita em aterros, os plásticos dificultam sua compactação e prejudicam a decomposição dos materiais biologicamente degradáveis, pois criam camadas impermeáveis que afetam as trocas de líquidos e gases gerados no processo de biodegradação da matéria orgânica.

Sendo assim, sua remoção, redução ou eliminação do lixo são metas que devem ser perseguidas com todo o empenho. A separação de plásticos do restante do lixo traz uma série de benefícios à sociedade, como, por exemplo, o aumento da vida útil dos aterros, geração de empregos, economia de energia, etc.

Divisão dos Plásticos

    Os plásticos são divididos em duas categorias importantes: termofixos e termoplásticos.

    Os termofixos, que representam cerca de 20% do total consumido no país, são plásticos que , uma vez moldados por um dos processos usuais de transformação, não podem mais sofrer mais novos ciclos de processamento pois não fundem novamente, o que impede nova moldagem.

    Os termoplásticos, mais largamente utilizados, são materiais que podem ser reprocessados várias vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Quando submetidos ao aquecimento a temperaturas adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados. Como exemplos, podem ser citados: polietileno de baixa densidade (PEBD); Polietileno de alta densidade (PEAD); poli(cloreto de vinila) (PVC); poliestireno (PS); polipropileno (PP); poli(tereftalato de etileno) (PET); poliamidas (náilon) e muitos outros.

Identificação dos Tipos de Plásticos

Essa metodologia é baseada em algumas características físicas e de degradação térmica dos plásticos.


Polietilenos de baixa e de alta densidade:

  • Baixa densidade (flutuam na água);
  • Amolecem à baixa temperatura (PEBD = 85°C; PEAD = 120°C)
  • Queimam como vela, liberando cheiro de parafina;
  • Superfície lisa e "cerosa".


    Polipropileno:

  • Baixa densidade (flutuam na água);
  • Amolece à baixa temperatura (150°C);
  • Queima como vela, liberando cheiro de parafina;
  • Filmes, quando apertados nas mãos, fazem barulho semelhante ao celofane.


    Poli(cloreto de vinila):

  • Alta densidade (afunda na água);
  • Amolece à baixa temperatura (80°C);
  • Queima com grande dificuldade, liberando um cheiro acre de cloro;
  • É solubilizado com solventes (cetonas).


    Poliestireno:

  • Alta densidade (afunda na água);
  • Quebradiço;
  • Amolece à baixa temperatura (80 a 100°C);
  • Queima relativamente fácil, liberando fumaça preta com cheiro de "estireno";
  • É afetado por muitos solventes.


    Poli(tereftalato de etileno):

  • Alta densidade (afunda na água);
  • Muito resistente;
  • Amolece à baixa temperatura (80°C);
  • Utilizado no Brasil em embalagens de refrigerantes gasosos, óleos vegetais, água mineral, etc.


    Outros

    Reciclagem primária ou pré-consumo:

      É a conversão de resíduos plásticos por tecnologia convencionais de processamento em produtos com caraterísticas de desempenho equivalentes às daqueles produtos fabricados a partir de resinas virgens. A reciclagem pré-consumo é feita com os materiais termoplásticos provenientes de resíduos industriais, os quais são limpos e de fácil identificação, não contaminados por partículas ou substâncias estranhas.

    Reciclagem secundária ou pós-consumo:

      É a conversão de resíduos plásticos de lixo por um processo ou por uma combinação de operações. Os materiais que se inserem nesta classe provêm de lixões, sistemas de coleta seletiva, sucatas, etc. são constituídos pelos mais diferentes tipos de material e resina, o que exige uma boa separação, para poderem ser aproveitados.

    Reciclagem terciária:

    É a conversão de resíduos plásticos em produtos químicos e combustíveis, por processos termoquímicos (pirólise, conversão catálica). Por esses processos, os materiais plásticos são convertidos em matérias-primas que podem originar novamente as resinas virgens ou outras substâncias interessantes para a indústria, como gases e óleos combustíveis.

Reciclar Papel

Significa fazer papel empregando como matéria-prima papéis, cartões, cartolinas e papelões, provenientes de:

  • Rebarbas geradas durante os processos de fabricação destes materiais, ou de sua conversão em artefatos, ou ainda geradas em gráficas;
  • Artefatos destes materiais pré ou pós-consumo

Atualmente, a matéria-prima vegetal mais utilizada na fabricação do papel é a madeira, embora outras também possam ser empregadas. Estas matérias-primas são hoje processadas química ou mecanicamente, ou por uma combinação dos dois modos, gerando como produto o que se denomina de pasta celulósica, que pode ainda ser branqueada, caso se deseje uma pasta de cor branca. A pasta celulósica, branqueada ou não, nada mais é do que as fibras celulósicas liberadas, prontas para serem empregadas na fabricação do papel.

A pasta celulósica também pode prover do processamento do papel, ou seja, da reciclagem do papel. Neste caso, os papéis coletados para esse fim recebem o nome de aparas. O termo apara surgiu para designar as rebarbas do processamento do papel em fábricas e em gráficas e passou a ter uma abrangência maior, designando, como já foi dito, todos os papéis coletados para serem reciclados.

As aparas provém de atividades comerciais, e em menor quantidade de residências e de outras fontes, como instituições e escolas.

As aparas de papel podem ser recolhidas por um sistema de coleta seletiva, ou por um sistema comercial, utilizado há anos, que envolve o catador de papel e o aparista.

Hoje, a força que propulsiona a reciclagem de papel ainda é econômica, mas o fator ambiental tem servido também como alavanca.

A preocupação com o meio ambiente criou uma demanda por "produtos e processos amigos do meio ambiente" e reciclar papel é uma forma de responder a esta demanda.

Assim, os principais fatores de incentivo à reciclagem de papel, além dos econômicos, são: a preservação de recursos naturais (matéria-prima, energia e água), a minimização da poluição e a diminuição da quantidade de lixo que vai para os aterros. Dentre estes, certamente o último é o que tem tido maior peso nos países que adotam medidas legislativas em prol da reciclagem.

O que Reciclar

Temos diversos tipos de materiais, que podem ser reciclados, devemos tomar cuidado pois alguns materiais existentes não podem ser reciclados.

Saiba o que pode e o que não pode ser reciclado:

Reciclável

Não-Reciclável também chamado de Rejeitos

Papel

jornais e revistas

etiqueta adesiva

folhas de caderno

papel carbono

formulários de computador

fita crepe

caixas em geral

papéis sanitários

aparas de papel

papéis metalizados

fotocópias

papéis parafinados

envelopes

papéis plastificados

provas

papéis sujos

rascunhos

guardanapos

cartazes velhos

bitucas de cigarro

papel de fax

fotografias

Metal

lata de folha de flandres (lata de óleo,
salsicha, leite em pó etc)

lata de alumínio

sucatas de reformas

esponjas de aço
canos

Vidros

embalagens

espelhos

garrafas de vários formatos

vidros planos

copos

lâmpadas
cerâmica
porcelana
tubos de TV - gesso

Plástico

embalagem de refrigerante

cabo de panela

embalagem de material de limpeza

tomadas

copinho de café

embalagem de biscoito

embalagem de margarina
canos e tubos
sacos plásticos em geral

misturas de papel, plásticos e metais

Onde Reciclar

No Brasil existem unidades industriais com capacidade instalada para reciclar resíduos, e qualquer outro material que possa ser reciclado. Distribuídas de norte a sul do país, estas unidades são empresas transformadoras de matérias-primas, fabricantes de embalagens, retomadores e recicladores.

A Compam é uma delas, fornecemos total apoio, e um serviço diferenciado para atender todos os clientes interessados em vender o seu material.

Porque Reciclar

A quantidade de lixo produzida diariamente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg.
* Se somarmos toda a produção mundial, os números são assustadores.
* Só o Brasil produz 240 000 toneladas de lixo por dia.
* O aumento excessivo da quantidade de lixo se deve ao aumento do poder aquisitivo e pelo perfil de consumo de uma população. Além disso, quanto mais produtos industrializados, mais lixo é produzido, como embalagens, garrafas,etc.

Tipos de lixo:
- Doméstico (alimentos)
- Industrial (carvão mineral, lixo químico, fumaças)
- Agrícola (esterco, fertilizantes)
- Hospitalar
- Materiais Radioativos ( indústria medicina...)
- Tecnológico (TV, rádios)


Em torno de 88% do lixo doméstico vai para o aterro sanitário. A fermentação produz dois produtos: o chorume e o gás metano.
Menos de 3% do lixo vai para as usinas de compostagem(adubo).
O lixo hospitalar, por exemplo, deve ir para os incineradores.
Apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado!!

Por quê?
Porque reciclar é 15 vezes mais caro do que jogar o lixo em aterros.

Nos países desenvolvidos como a França e Alemanha, a iniciativa privada é encarregada do lixo. Fabricantes de embalagens são considerados responsáveis pelo destino do lixo e o consumidor também tem que fazer sua parte. Por exemplo, quando uma pessoa vai comprar uma pilha nova, é preciso entregar a usada.


Uma garrafa plástica ou vidro pode levar 1 milhão de anos para decompor-se. Uma lata de alumínio, de 80 a 100 anos. Porém todo esse material pode ser reaproveitado, transformando-se em novos produtos ou matéria prima, sem perder as propriedades.

Separando todo o lixo produzido em residências, estaremos evitando a poluição e impedindo que a sucata se misture aos restos de alimentos, facilitando assim seu reaproveitamento pelas indústrias. Além disso, estaremos poupando a meio ambiente e contribuindo para o nosso bem estar no futuro, ou você quer ter sua água racionada, seus filhos com sede, com problemas respiratórios.

Algumas Vantagens:

  • Cada 50 quilos de papel usado, transformado em papel novo, evita que uma árvore seja cortada. Pense na quantidade de papel que você já jogou fora até hoje e imagine quantas árvores você poderia ter ajudado a preservar.
  • Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado, evita que sejam extraídos do solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita.
  • Quantas latinhas de refrigerantes você já jogou até hoje?
  • Com um quilo de vidro quebrado, faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes.

Agora imagine só os aterros sanitários: quanto material que está lá, ocupando espaço, e poderia ter sido reciclado!


  • Economia de energia e matérias-primas. Menos poluição do ar, da água e do solo.
  • Melhora a limpeza da cidade, pois o morador que adquire o hábito de separar o lixo, dificilmente o joga nas vias públicas.
  • Gera renda pela comercialização dos recicláveis. Diminui o desperdício.
  • Gera empregos para os usuários dos programas sociais e de saúde da Prefeitura.
  • Dá oportunidade aos cidadãos de preservarem a natureza de uma forma concreta, tendo mais responsabilidade com o lixo que geram.

Como Reciclar

Com a colaboração do consumidor, podemos facilitar ainda mais o processo de reciclagem. A reciclagem do material é muito importante, não apenas para diminuir o acúmulo de dejetos, como também para poupar a natureza da extração inesgotável de recursos. Veja como fazer a coleta seletiva e dar a sua parcela de contribuição na preservação do meio ambiente.

Passo a passo:

1. Procure o programa organizado de coleta de seu município ou uma instituição, entidade assistencial ou catador que colete o material separadamente. Veja primeiro o que a instituição recebe. Não adianta separar, por exemplo: plástico, se a entidade só recebe papel.

2. Para uma coleta de maneira ideal, separe os resíduos em não-recicláveis e recicláveis e dentro dos recicláveis separe papel, metal, vidro e plástico.

3. Veja exemplo de materiais recicláveis:

- Papel: jornais, revistas, formulários contínuos, folhas de escritório, caixas, papelão, etc.

- Vidros: garrafas, copos, recipientes.

- Metal: latas de aço e de alumínio’, clipes, grampos de papel e de cabelo, papel alumínio.

- Plástico: garrafas de refrigerantes e água, copos, canos, embalagens de material de limpeza e de alimentos, sacos.

4. Escolha um local adequado para guardar os recipientes com os recicláveis até a hora da coleta. Antes de guardá-los, limpe-os para retirar os resíduos e deixe-os secar naturalmente. Para facilitar o armazenamento, você pode diminuir o volume das embalagens de plástico e alumínios amassando-as. As caixas devem ser guardadas desmontadas.

Atenção:

Os objetos reciclados não serão transformados nos mesmos produtos. Por exemplo, garrafas recicláveis não serão transformadas em outras garrafas, mas em outros materiais, como solados de sapato.

O que é Reciclagem

Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e reutiliza-los no ciclo de produção de que saíram. E o resultado de uma série de atividades, pela qual materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos.

Reciclagem é um termo originalmente utilizado para indicar o reaproveitamento (ou a reutilização) de um polímero no mesmo processo em que, por alguma razão foi rejeitado.

Reciclar outro termo usado, é na verdade fazer a reciclagem.

O retorno da matéria-prima ao ciclo de produção é denominado reciclagem, embora o termo já venha sendo utilizado popularmente para designar o conjunto de operações envolvidas. O vocábulo surgiu na década de 1970, quando as preocupações ambientais passaram a ser tratadas com maior rigor, especialmente após o primeiro choque do petróleo, quando reciclar ganhou importância estratégica. As indústrias recicladoras são também chamadas secundárias, por processarem matéria-prima de recuperação. Na maior parte dos processos, o produto reciclado é completamente diferente do produto inicial.

Legislação - Educação Ambiental


Atividades - EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Para Comunidade Florestal - (Vilas de Empresas Florestais)

Ações Diretas para e Prática da Educação Ambiental

Para Comunidades Agrícolas em Geral
Para Comunidade Florestal - (Vilas de Empresas Florestais)
A atividade florestal deverá participar cada vez mais no desenvolvimento do país, não apenas pelo lado econômico, como geradora de divisas, mas também do lado social, como componente indispensável à manutenção da qualidade de vida.São programas de educação ambiental, especialmente aqueles que se destinam às comunidades internas e externas e às instituições florestais, devem centrar-se no tema florestas e na interdependência da sociedade com as mesmas.Ambas as formações, naturais e implantadas, possuem uma importância ecológica e sócio-econômica de grande relevância para a sociedade. Esta importância justifica a implantação de programas de educação ambiental que, no mínimo, despertem as pessoas para sua significância.
O mais importante nestes programas é saber relacionar as florestas com o cotidiano das pessoas, seja demonstrando que móveis, materiais de construção, papel, fósforos e outros elementos são produtos originariamente florestais ou, evidenciando que o microclima, a presença de pássaros, a água de consumo e o lazer são seus produtos indiretos.Outros aspectos importantes são os que dizem respeito à segurança das áreas de florestas de propriedade da empresa e com relação aos incêndios florestais.

Ações Diretas para e Prática da Educação Ambiental

Visitas a Museus, criadouro científico de animais silvestres.
Passeios em trilhas ecológicas/desenhos: normalmente as trilhas são interpretativas; apresentam percursos nos quais existem pontos determinados para interpretação com auxílio de placas, setas e outros indicadores, ou então pode-se utilizar a interpretação espontânea, na qual monitores estimulam as crianças à curiosidade a medida que eventos, locais e fatos se sucedem. Feitos através da observação direta em relação ao ambiente, os desenhos tornam-se instrumentos eficazes para indicar os temas que mais estimulam a percepção ambiental do observador.Parcerias com Secretarias de Educação de Municípios: formando Clubes de Ciências do Ambiente, com o objetivo de executar projetos interdisciplinares que visem solucionar problemas ambientais locais (agir localmente, pensar globalmente). Os temas mais trabalhados são reciclagem do lixo, agricultura orgânica, arborização urbana e preservação do ambiente.Ecoturismo: quando da existência de parques ecológicos ou mesmo nos locais onde estão localizadas as trilhas, há a extensão para a comunidade em geral. Os visitantes são orientados na chegada por um funcionário e a visitação é livre, com acesso ao Museu, ao Criadouro de Animais e as trilhas.
Publicações periódicas: abordagem de assuntos relativos aos recursos naturais da região e às atividades da área de ambiência da empresa.
Educação ambiental para funcionários: treinamento aplicado aos funcionários da área florestal da empresa, orientado-os quanto aos procedimentos ambientalmente corretos no exercício de suas funções, fazendo com que eles se tornem responsáveis pelas práticas conservacionistas em seu ambiente de trabalho, chegando ao seu lar e à sua família.
Atividades com a comunidade e campanhas de conscientização ambiental: com o intuito de incrementar a participação da comunidade nos aspectos relativos ao conhecimento e melhoria de seu próprio ambiente, são organizadas e incentivadas diversas atividades que envolvem a comunidade da região, como caminhadas rústicas pela região.
Programas de orientação ambiental: a empresa desenvolve ainda outros programas para orientação ambiental como, por exemplo, fichas de visualização dos animais silvestres, orientação à comunidade para atendimento aos aspectos legais de caça e pesca, produção e distribuição de cadernos, calendários e cartões com motivos ambientalistas.
Para Comunidades Agrícolas em Geral
Tem como finalidade principal a orientação aos pequenos produtores (silvicultores ou agricultores), quanto ao uso correto de agrotóxicos, suas aplicações, noções sobre atividades modificadoras do meio ambiente, técnicas agroflorestais, permacultura e a legislação pertinente. Interage como uma contribuição para a formação da consciência social e agroecológica da população destas comunidades.Acontece através de visitas às famílias, dias de campo e palestras realizadas em escolas ou centros comunitários da região, onde são demonstradas práticas e técnicas agrícolas de conservação do solo, de pesquisa e novas alternativas que se conciliem com as práticas tradicionais de agricultura da comunidade.Além destas ações, promover atividades educativas para as crianças nas escolas e oficinas de trabalhos para as mulheres, sempre com o objetivo de demonstrar que se bem aproveitados e preservados, os recursos do meio ambiente só trazem benefícios para a comunidade.

FONTE: http://www.ambientebrasil.com.br/

Noções Básicas em Educação Ambiental


Sistemas de vida
A educação ambiental enfatiza as regularidades, e busca manter o respeito pelos diferentes ecossistemas e culturas humanas da Terra. O dever de reconhecer as similaridades globais, enquanto se interagem efetivamente com as especificidades locais, é resumido no seguinte lema: Pensar globalmente, agir localmente.
Há três níveis ou sistemas distintos de existência: Físico: planeta físico, atmosfera, hidrosfera (águas) e litosfera (rochas e solos), que seguem as leis da física e da química;Biológico: a biosfera com todas as espécies da vida, que obedecem as leis da física, química, biologia e ecologia; Social: o mundo das máquinas e construções criadas pelo homem, governos e economias, artes, religiões e culturas, que seguem leis da física, da química, da biologia, da ecologia e também leis criadas pelo homem.
Ciclos
O material necessário para a vida (água, oxigênio, carbono, nitrogênio, etc.) passa através de ciclos biogeoquímicos que mantêm a sua pureza e a sua disponibilidade para os seres vivos. O ser humano está apenasn começando a planejar uma economia industrial complexa, moderna e de alta produtividade que assegura a necessidade de reciclagem no planeta. Nos ecossistemas, os organismos e o ambiente interagem promovendo trocas de materiais e energia através das cadeias alimentares e ciclos biogeoquímicos.

Crescimento Populacional e Capacidade de Suporte
A capacidade de suporte para a vida humana e para a sociedade é complexa, dinâmica e variada de acordo com a forma segundo a qual o homem maneja os seus recursos ambientais. Ela é definida pelo seu fator mais limitante e pode ser melhorada ou degradada pelas atividades humanas.
Desenvolvimento Socialmente Sustentável
A chave para o desenvolvimento é a participação, a organização, a educação e o fortalecimento das pessoas. O desenvolvimento sustentado não é centrado na produção, e sim nas pessoas. Deve ser apropriado não só aos recursos e ao meio ambiente, mas também à cultura, história e sistemas sociais do local onde ele ocorre.
Características dos Ecossistemas Urbanos
Ecossistemas Naturais
Ecossistemas Humanos
ENERGIA
São sustentados por uma fonte ilimitada de energia: radiação solar
Atualmente sustentados por uma fonte finita de energia: combustíveis fósseis.
Não acumular energia em excesso
O consumo excessivo de combustíveis fósseis libera muito calor para a biosfera e altera a temperatura.
Nas cadeiras alimentares, cerca de 10 calorias de um organismo são necessárias para produzir 1 caloria do outro
Nas cadeias alimentares são necessárias 100 calorias de combustível fóssil para produzir 10 calorias de alimentos que irão gerar 1 caloria no homem.
EVOLUÇÃO
A evolução biológica adapta todos os organismos e os seus sistemas de suporte aos processos que sustentam a vida
A evolução cultural atualmente subordina os organismos e os sistemas de suporte da Terra aos processos que sustentam a tecnologia.
POPULAÇÃO
Mantém os níveis de população de cada espécie dentro dos limites estabelecidos pelos controles e balanços naturais, incluindo fatores como alimento, abrigo, doenças e presença de inimigos naturais.
Permite que as populações cresçam tão rapidamente quando podem aumentar a disponibilidade de alimentos e abrigo, e elimina inimigos naturais e doenças via biocidas e medicamentos.
COMUNIDADE
Apresenta uma grande diversidade de espécies que vivem nos limites do local dos recursos naturais
Tende a excluir a maioria das espécies e é sustentada por recursos provenientes de áreas além das áreas locais.
INTERACÃO
As comunidades são organizadas em torno das interações de funções biológicas e processos. A maioria dos organismos interage com uma grande variedade de outros organismos
As comunidades são organizadas de modo crescente, em torno de interações de funções e processos tec
ológicos.
EQUILÍBRIO
São imediatamente governados por processos comuns, naturais, de controle e equilíbrio, incluindo a disponibilidade de luz, alimentos, água, oxigênio, habitat e a presença ou ausência de inimigos naturais e doenças.
São imediatamente governados por um conjunto de competições de controle cultural e equilíbrio, inclusive de ideologia, costumes, religião, leis, políticas e economias. Esse acordo considera um pouco, ou não considera os requerimentos para a sustentação da vida, que não seja humana.

Fonte: UNESCO/UNEP/IEEP

Estratégias de Ensino para a Prática da Educação Ambiental

Um programa de educação ambiental para ser efetivo deve promover simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. Utiliza-se como laboratório, o metabolismo urbano e seus recursos naturais e físicos, iniciando pela escola, expandindo-se pela circunvizinhança e sucessivamente até a cidade, a região, o país, o continente e o planeta.
A aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver adaptada às situações da vida real da cidade, ou do meio em que vivem aluno e professor.

Estratégia
Ocasião para Uso
Vantagens/Desvantagens
Discussão em classe (grande grupo)
Permite que os estudantes exponham suas opiniões oralmente a respeito de determinado problema.
Ajuda o estudante a compreender as questões;
Desenvolve autoconfiança e expressão oral;
Podem ocorrer dificuldades nos alunos de discussão
Discussão em grupo (pequenos grupos com supervisor-professor)
Quando assuntos polêmicos são tratados.
Estímulo ao desenvolvimento de relações positivas entre alunos e professores
Mutirão de idéias (atividades que envolvam pequenos grupos, 5-10 estudantes para apresentar soluções possíveis para um dado problema, todas as sugestões são anotadas. Tempo limite de 10 a 15 min.)
Deve usado como recurso para encorajar e estimular idéias voltadas à solução de um certo problema. O tempo deve ser utilizado para produzir as idéias e não para avaliá-las.
Estímulo à criatividade, liberdade;
Dificuldades em evitar avaliações ou julgamentos prematuros e em obter idéias originais
Trabalho em grupo: envolve a participação de grupos de 4-8 membros que se tornam responsáveis pela execução de uma tarefa
Quando se necessita executar várias tarefas ao mesmo tempo.
Permite que os alunos se responsabilizem por uma tarefa por longos períodos (2 a 5 semanas) e exercitem a capacidade de organização;
Deve ser monitorada de modo que o trabalho não envolva apenas alguns membros do grupo
Debate: requer a participação de dois grupos para apresentar idéias e argumentos de pontos de vista opostos
Quando assuntos controvertidos estão sendo discutidos e existam propostas diferentes de soluções.
Permite o desenvolvimento das habilidades de falar em público e ordenar a apresentação de fatos e idéias;
Requer muito tempo de preparação
Questionário: desenvolvimento de um conjunto de questões ordenadas a ser submetido a um determinado público
Usado para obter informações e/ou amostragem de opinião das pessoas em relação à dada questão
Aplicado de forma adequada, produz excelentes resultados
Demanda muito tempo e experiência para produzir um conjunto ordenado de questões que cubram as informações requeridas
Reflexão: o oposto do mutirão de idéias. É fixado um tempo aos estudantes para que sentem em algum lugar e pensem acerca de um problema específico
Usado para encorajar o desenvolvimento de idéias em resposta a um problema. Tempo recomendado de 10 a 15 min.
Envolvimento de todos;
Não pode ser avaliado diretamente
Imitação: estimula os estudantes a produzir sua própria versão dos jornais, dos programas de rádio e Tv
Os estudantes podem obter informações de sua escolha e levá-las para outros grupos. Dependendo das circunstâncias e do assunto a ser abordado, podem ser distribuídos na escola, aos pais e à comunidade.
Forma efetiva de aprendizagem e ação social
Projetos: os alunos, supervisionados, planejam, executam, avaliam e redirecionam um projeto sobre um tema específico
Realização de tarefas com objetivos a serem alcançados a longo prazo, com envolvimento da comunidade
As pessoas recebem e executam o próprio trabalho, assim como podem diagnosticar falhas nos mesmos
Exploração do ambiente local: prevê a utilização/exploração dos recursos locais próximos para estudos, observações, caminhadas etc.
Compreensão do metabolismo local, ou seja, da interação complexa dos processos ambientais a sua volta
Agradabilidade na execução;
Grande participação de pessoas envolvidas;
Vivência de situações concretas;
Requer planejamento minuncioso.
Fonte: UNESCO/UNEP/IEEP